Podemos ter
uma horta, e não ter alfaces, mas não será a mesma coisa…elas, envolvem os
canteiros com a sua frescura verdejante…emprestam-lhe a graciosidade.
A alface,
será das hortaliças de menor exigência no seu cultivo, a germinação de sementes
faz-se com grande sucesso. Basta um pouco de estrume, e água em abundância…sim, elas gostam de água,
não as podemos deixar passar sede, se as queremos tenrinhas e frescas.
Rica em vitamina
A, vitamina C, e vitamina K, com papel importante na coagulação sanguínea, fornece
também, Fosforo e Ferro, importante para formação de hemoglobina, combatendo e
evitando estados de anemia, sendo também fonte de minerais e um anti-ácido no
sangue e no estômago.
Na alface,
encontramos também os antioxidantes,
que retardam o envelhecimento, as fibras, como a pectina, que ajuda a prevenir a
diabetes do tipo 2, e a celulose que proporciona uma sensação de saciedade, com
características laxantes, funcionando como vassoura do intestino.
Por outro
lado, a sua frescura surpreende-nos com uma propriedade de significativo
interesse, o seu contributo como calmante, relaxante…ansiolítico.
Sim…há
semelhança dos outros vegetais folhosos, o verde das suas folhas, é sinónimo de abundância da lactucina e ácido fólico, com papel importante no equilíbrio do
bem-estar emocional, contribuindo para regular, estados de ansiedade.
Quanto mais
verdes forem, maior quantidade destes nutrientes comportam.
CULTIVO
Apreciadora
dos dias frios…não tolera as geadas, nem o calor tórrido do verão, esmorecendo
aos seus raios.
No entanto, o
seu cultivo é possível todo o ano, desde que se tome algum cuidado,
protegendo-as, das geadas e do calor…escolhendo lugar fresco, com sombra.
Das variedades mais conhecidas, temos a de folhas largas, crespas e roxas, alface
repolhuda, e de folhas crespas, largas e verdes.
Os canteiros…ou
“as maternidades”, como carinhosamente lhe chama a amiga Sandra, da
Caranguejeira...podem ser feitos num qualquer espaço, abrigado de chuvas fortes,
ou
geadas, no entanto, uma caixa de esferovite, furada no fundo para drenagem da água da rega, devido às propriedades de isolante térmico deste material, mostra-se ser uma excelente “maternidade”…de fácil manuseamento.
geadas, no entanto, uma caixa de esferovite, furada no fundo para drenagem da água da rega, devido às propriedades de isolante térmico deste material, mostra-se ser uma excelente “maternidade”…de fácil manuseamento.
Enche-se de
estrume, espalham-se as pequenas sementes, remexe-se um pouco superficialmente
para as cobrir e orvalha-se com um pouco de água, sem encharcar.
Se optarmos
por um canteiro no solo, depois da terra preparada, ausente de torrões,
espalha-se há superfície, uma boa porção de estrume, cobrindo-a na totalidade,
remexendo e misturando superficialmente, de seguida espalham-se as pequenas
sementes que se adquiriram em carteirinhas, ou guardadas da colheita do ano
anterior, remexe-se mais um pouco, de modo a que fiquem cobertas com mais ou
menos um centímetro de terra.

Quando germinarem, vai-se regando sempre que necessário, tendo o cuidado de não colocar demasiada água, que fará apodrecer as raízes.
Quando germinarem, vai-se regando sempre que necessário, tendo o cuidado de não colocar demasiada água, que fará apodrecer as raízes.
Quando
atingirem oito…dez…doze centímetros, procede-se á replantação em local
definitivo…canteiros…floreiras na varanda.
Em
alternativa, podem-se adquirir nos mercados…lojas de produtos para agricultura,
as pequenas plantas, prontas a replantar.
Na plantação
definitiva, utiliza-se também uma adubagem orgânica, estrume ou outro, misturado
com alguma cinza, se a tiver disponível, adicionando á terra e misturando um
pouco mais em profundidade…”picando” a terra com uma pequena cava, ou então
pode-se abrir um rego
…uma cova, introduzir o estrume, voltar a tapar e posteriormente abrir os furos e plantar…idêntico às couves…importa é que as raízes ao desenvolverem-se, encontrem o fertilizante!
Em terrenos
mais ou menos férteis, plantadas há volta de outras culturas…nos cômaros…junto
ao rego onde vai passar a água da rega, sem qualquer fertilizante, elas
desenvolvem-se abundantemente…acabando por ir buscar algum fertilizante há
cultura existente.…uma cova, introduzir o estrume, voltar a tapar e posteriormente abrir os furos e plantar…idêntico às couves…importa é que as raízes ao desenvolverem-se, encontrem o fertilizante!
O transplante
deve ser feito em dias frescos, encobertos, pois neste período de fragilidade
acentuada não resistem ao calor, por vezes é necessário cobri-las, utilizando
por exemplo uma folha de couve, ampla, espetada com o talo no solo, curvada
ligeiramente sobre a alface para a proteger do sol, até que entretanto a mesma
vigorize.
Para plantar,
basta utilizar um pequeno pau, aguçado, fazendo os furos, onde se introduz a
planta…aconchegando-lhe a terra com os dedos, regando depois, individualmente, com um regador ou um balde, colocando uma pequena porção de água junto ao pé da planta...este procedimento reveste-se de extrema importancia, seja alface ou qualquer outra planta, mesmo com a terra humida, deve-se regar.
Se as
queremos viçosas, suculentas, não as podemos deixar passar sede, a rega é
essencial, caso contrário ficam rijas a amargar.
Com o avançar
do período de maturação o mesmo acontece, tornam-se amargas, rijas, impróprias
para consumir em salada. No entanto podem ser aproveitadas para alimentação
animal…galinhas, patos, perus, apreciam-nas.
Sem comentários:
Enviar um comentário